Zuleide Alves Ramiro
Zuleide Alves Ramiro - é Agronoma , entomologista e pesquisadora brasileira.
Área de Atuação
MIP, Entomologia Agrícola
Biografia
Paraibana, foi professora primária no Rio de Janeiro até 1965, e com seu salário garantiu o curso de Agronomia na Universidade Rural do Brasil e depois o de Engenharia. Trabalhou no Departamento da Produção Vegetal da Secretaria da Agricultura, em Campinas, SP.¹
Casada com Cleufas Ramiro, também engenheiro agrônomo, foi trabalhar na Seção de Entomologia Agrícola, na Fazenda Experimental "Mato Dentro" (em Campinas), que pertence ao Instituto Biológico. Com uma longa carreira, publicou livros e artigos. Destacou-se na área de "soja, algodão, cigarrinhas das pastagens e no desenvolvimento de metodologias para a pesquisa de plantas transgênicas", produtos fundamentais atualmente.²
Zuleide, como professora primária da Secretaria da Educação do Estado do Rio de Janeiro apresenta o primeiro ato de sua formação. Leciona no Grupo Escolar Presidente Dutra em Seropédica, Município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, até 1965.¹
Em 1964, forma-se na Universidade Rural do Brasil, Escola Nacional de Agronomia e logo está no Departamento da Produção Vegetal da Secretaria da Agricultura em 25 de dezembro desse mesmo ano. Com um salário de NCr$ 169,85 como extranumerária-mensalista, junto à Seção de Soja da Divisão de Assistência Técnica Especializada em Campinas. Mais tarde, convicta de sua capacidade, forma-se em Engenharia Civil nas Faculdades Franciscanas.
Em 1967, chega ao Instituto Biológico, Zuleide, já casada com Cleufas Ramiro também Eng. Agrônomo indo para a Seção de Entomologia Agrícola, na Fazenda Experimental “Mato Dentro”, em Campinas, pertencente ao Instituto Biológico, com o Dr. Geraldo Calcagnolo.
Na Escola Superior “Luiz de Queiroz”, Piracicaba, Zuleide começa a frequentar curso de pós-graduação e, em 1968, defende o título de Mestre e, logo após de Doutora.
Com o Dr. Benedito Pedro Bastos Cruz, mais tarde Diretor Geral do Instituto Biológico e Coordenador da Pesquisa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, participa de reuniões na Comissão de Horticultura do Ministério da Agricultura. Também participa por dois anos do Departamento de Orientação técnica da Coordenação de Assistência Técnica Integral.
Em 1969 nasce seu primeiro filho Daniel, em 1972 Davi e, em 1974, Patrícia.
Em 1976, é lotada na Seção das Plantas Industriais e assume a Chefia da Seção de Controle Biológico das Pragas, substituindo o Eng. Agrônomo Walter O. Heinrich. Em 1981, a pedido, deixa a chefia da Seção de Controle Biológico das Pragas. Em 1993, exerce a função de Diretor Técnico de Divisão da Divisão de Parasitologia Vegetal e, permanece até 1995 quando é indicada para Diretoria Geral do Instituto Biológico. Em 1999, deixa o cargo de Diretora Geral e volta ao Laboratório de Pragas das Plantas Industriais. Aposentada, volta às origens no Laboratório de Controle Biológico na velha Fazenda “Mato Dentro”, como estagiária.¹
Pesquisadora de fibra é pioneira no Estado de São Paulo na introdução de técnica de Manejo Integrado em culturas de soja, controle das cigarrinhas das pastagens, manejo de pragas em culturas de algodão e também carro chefe dos primeiros trabalhos, no Brasil, relacionados com impacto na entomofauna em algodão transgênico.¹
Com mais de 100 trabalhos científicos publicados, capítulos de livros e apresentações em Congresso, Zuleide demonstrou a que veio, participando efetivamente do contexto da pesquisa científica do Estado de São Paulo com reflexos em outros estados brasileiros.¹
Nas Comissões que participou deixou sua marca de conhecimento nos temas como soja, algodão, cigarrinhas das pastagens e no desenvolvimento de metodologias para a pesquisa de plantas transgênicas.¹
Marcou seu espaço quando recebeu prêmios como Fitossanitarista do ano, Destaque Profissional CATI, em reconhecimento pela sua habilidade na pesquisa científica em busca da resolução de problemas da agricultura brasileira.¹
Destemida Dra. Zuleide, soube tão bem defender o Instituto Biológico em 1995 quando a venda deste patrimônio era eminente. Com toda a sua força e garra, lutou bravamente para a manutenção do espaço do IB, participando do abraço à instituição juntamente com a comunidade científica de todo o Estado de São Paulo. Ainda, enfrentou seus superiores para a concretização de evento sobre a “vaca louca”, quando acabara de aparecer em manchetes o problema na Inglaterra. O Instituto Biológico, por seu intermédio, fez valer sua competência nesse assunto, enfocando o tema dos mais contraditórios para a cultura brasileira.¹
Concretizou projetos juntos á FAPESP que valorizaram a Biblioteca do IB, Laboratórios tanto da sede como da Fazenda “Mato Dentro” em Campinas. Cedeu espaço para a tão sonhada sede do Museu do Instituto Biológico, o Casarão.¹,³
Levou seu conhecimento, tal qual uma taxonomista que procura o impossível e o encontra facilmente por sua perspicácia. Foi ela e é ela que deixou formadas várias competências nominados estagiários que num gosto pela forma da ciência, continuaram suas lições lutando por ideais traçados pela sua astúcia científica.¹
Tendo dedicado toda a vida à pesquisa científica, a pesquisadora demonstrou seu pioneirismo quando introduziu a técnica de Manejo Integrado em cultura de soja, o controle das cigarrinhas das pastagens e o manejo de pragas em culturas de algodão. Também realizou os primeiros trabalhos, no Brasil, relacionados com impacto na Entomofauna em algodão transgênico. Ocupou, ainda, a diretoria-geral do Instituto Biológico de 1995 a 1999, além de outros cargos de chefia na Instituição. Ainda hoje, mesmo aposentada, segue se dedicando a pesquisar os insetos e a agricultura.²
A pesquisadora já havia sido homenageada oficialmente pela Sociedade de Entomologia do Brasil (SEB), em 2016, por seus relevantes serviços prestados à entomologia e o controle biológico no Brasil, durante a solenidade de abertura do XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia.²
A agrônoma e engenheira Zuleide Alves Ramiro é o quarto e último nome de mulher na galeria dos "Grandes Nomes". Paraibana, foi professora primária no Rio de Janeiro até 1965, e com seu salário garantiu o curso de Agronomia na Universidade Rural do Brasil e depois o de Engenharia. Trabalhou no Departamento da Produção Vegetal da Secretaria da Agricultura, em Campinas, SP. Casada com Cleufas Ramiro, também engenheiro agrônomo, foi trabalhar na Seção de Entomologia Agrícola, na Fazenda Experimental "Mato Dentro" (em Campinas), que pertence ao Instituto Biológico. Com uma longa carreira, publicou livros e artigos. Destacou-se na área de "soja, algodão, cigarrinhas das pastagens e no desenvolvimento de metodologias para a pesquisa de plantas transgênicas", produtos fundamentais atualmente. Recebeu vários prêmios. Teve dois filhos³
Fontes
1. O Instituto Biológico > Grandes nomes > Zuleide Alves Ramiro
3. Mulheres cientistas: aspectos da vida e obra de Khäte Schwarz